Dentro do contexto urbano da atualidade lê-se a emergência de nichos de identidade – na acepção de “papéis sociais” pensada por Marshall Mcluhan – em um ambiente de alcance global homogêneo construído sobre pólos urbanos (as chamadas cidades globais).

Destes nichos, destacam-se dois : o “turista produtivo” e o “nômade urbano”. Que mais do que contingentes populacionais específicos, são papéis, caráteres – que contam com uma série de características semelhantes e ao mesmo tempo diametrais quanto à forma que se situam frente ao espaço e à economia. Das características semelhantes, a mais notável seria a mobilidade espacial. É importante ressaltar que um aspecto fundamental deste ambiente global é sua construção sígnica. Sendo que hoje sua constituíção midiática, e tele-midiática torna necessária a elaboração de novos critérios para a produção do ambiente. Em especial quanto ao cruzamento entre espaço gráfico como objeto da comunicação visual e espaço edificado, que está implicado em uma série de inovações tecnológicas que vêem recondicionar a leitura e a proposição do ambiente urbano.

A partir do comportamento destes “nichos de identidade”, propõe-se um conjunto de abordagens para a proposta dos elementos urbanos edificados, paisagísticos, gráficos, e mesmo das interfaces eletrônicas, assim como suas imagens e representações gráficas.

Em especial, especulei sobre a Realidade Aumentada, e suas relações com o ambiente urbano, com a política e a sociedade.

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Mobilidade e Interface (2001).

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