O trabalho de mediação e facilitação que venho realizando me impeliu, há uns dois anos, a publicar meu entendimento do aspecto possivelmente mais importante para o trabalho em colaboração: a capacidade de articular a fala com intenção de construir coisas, e menos de afirmar verdades.
Publiquei esse artigo na Revista Brasileira de Coaching a convite da Káritas Ribas.

Há todo um trabalho teórico por trás do artigo, mas que não aparece nele. Boa parte dessa teoria vai aparecer no meu relatório de pós-doc, a sair logo mais!

Mas, principalmente, a teoria tem a ver com a falência do “objeto” como entidade de conhecimento fundamental, que herdamos da epistemologia do século XIX – por sua vez, herdada da perspectiva clássica grega da noção de “ideia” –, e a emergência da noção de “relação” em antropologia. Isso passa pela aceitação de que todo conhecimento é precário, e que as verdades são múltiplas e, possivelmente, contraditórias.

Ao tentar construir algo coletivamente, tendo essas noções em mente, a intencionalidade de “dizer verdades” parece menos importante – mesmo que ainda seja crucial – do que “articular relações”.

PDF do artigo.

Comunicação Verdativa e Comunicação Construtiva