Tenho trabalhado com o conceito da Cidade Distribuída desde minha graduação, em idas e vindas em um campo semântico de uma cidade em rede, aberta, fluída, flexível, adaptável, reconfigurável, em simbiose com a natureza.

Desde janeiro de 2015, venho desenvolvendo o conceito formalmente atrelado ao grupo de pesquisa NAWEB, coordenado pelo Artur Rozestraten, que também topou me supervisionar no pós-doutorado.

Aqui está o Projeto de Pesquisa para a Cidade Distribuída, que fundamenta os trabalhos do meu pós-doc. Aproveitei para estabelecer as linhas gerais do conceito “Cidade Distribuída”, e sua contribuição para a teoria urbanística.

Toda a minha pesquisa pode ser vista como a exploração do conceito da Cidade Distribuída.

No mestrado (2002), desenvolvi a noção da Arquitetura Móvel, explorando aspectos tecnológicos, antropológicos e políticos da mobilidade, desde o controle a mobilidade da população (com a invenção do conceito de “endereço” no século XIX), até a construção de uma “meta-estabilidade” para controlar a extrema mobilidade propiciada pelos meios digitais de comunicação, geo-localização e gestão do movimento.

No doutorado (2008), desenvolvi o conceito do “Metadesign”, como um modo projetual que daria conta da complexidade emergente na cidade atravessada pelos meios digitais de comunicação, e propus a “Arquitetura Livre” como um aparato organizacional e ético para lidar com essa complexidade (e com a tendência controladora do Metadesign).

Ainda em 2001, redigi o primeiro artigo em língua portuguesa sobre “realidade aumentada”, focando nos aspectos sociológicos e antropológicos de controlar a percepção da população em tempo real. Que cidade emerge da tecnologia digital banalizada e barateada, popularizada e naturalizada? Proponho dois papéis que se imbricam, questionam mutuamente, e indicam posturas muito diferentes frente à cidade e a mobilidade: o turista e o nômade.

Mas, desde o trabalho de graduação (1996) já trabalho com as possibilidades da construção de um ambiente habitável que seja pautado pela mutabilidade, pela adaptabilidade, e por uma relação “ativa/passiva” com a natureza.

PDF do projeto de pesquisa.

Cidade Distribuída

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